Periferia do Recife, anos 1990. Único filho de um casal marcado pelos abusos de um pai tirânico, Fabiano leva consigo as cicatrizes da violência. Não mais suportando as agressões sofridas por sua mãe, Fabiano, em um ato de euforia, consegue dar fim aos abusos em um único golpe. Não esperava, todavia, que tal ato o levasse ao encontro de outros algozes, conhecendo, assim, outras roupagens da violência. Longe de casa, é levado a viver nas ruas do Recife, entre as lustrosas construções coloniais e as calçadas do bairro mais famoso da cidade. Conhecendo outros meninos cujas histórias são, inevitavelmente, seladas por uma violência que é sintoma dos grandes centros urbanos. Porcos e Pardais, trafega por questões sensíveis ao concretismo das cidades grandes, o desamparo das ruas, a violência do Estado, a invisibilidade de corpos e a subversão dos invisíveis. Com uma narrativa, crua, seca e direta, aproximando-se do Realismo Sujo Caribenho, Luisa Morta retrata a pobreza e explora os limites do humano.